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Telescópio identifica possíveis sinais de vida em planeta distante

  • Foto do escritor: Magaiver Dias
    Magaiver Dias
  • há 8 horas
  • 2 min de leitura

Uma nova análise realizada por astrônomos britânicos e norte-americanos trouxe à tona uma das evidências mais promissoras da existência de vida além do Sistema Solar. Utilizando o Telescópio Espacial James Webb, a equipe detectou sinais de substâncias químicas que, na Terra, são produzidas exclusivamente por organismos vivos. Os dados se referem ao exoplaneta K2-18b, situado na constelação de Leão, a aproximadamente 124 anos-luz de distância.


O estudo, publicado na revista científica The Astrophysical Journal Letters, reacende o debate sobre a habitabilidade de mundos distantes. K2-18b tem sido alvo de interesse da comunidade científica há anos, por ser um provável candidato a "planeta hicíano" — categoria de mundos oceânicos com atmosferas ricas em hidrogênio, que podem reunir condições favoráveis ao surgimento de vida microbiana.


Compostos biológicos em foco


Durante as observações, os cientistas identificaram a presença de metano, dióxido de carbono e vestígios mais intensos de dimetilsulfeto (DMS), composto que, na Terra, é gerado exclusivamente por microalgas oceânicas, como o fitoplâncton. Essa molécula, considerada uma bioassinatura, representa um dos principais indícios da existência de vida.


“Esses sinais podem representar a manifestação mais próxima de uma atividade biológica já observada fora do nosso planeta”, afirmou o astrofísico Nikku Madhusudhan, da Universidade de Cambridge, principal autor da pesquisa. Apesar do entusiasmo, o cientista alertou para a necessidade de prudência: “Ainda precisamos de mais dados para confirmar a origem biológica desses compostos.”

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

As detecções foram feitas por meio de espectroscopia, técnica que analisa a luz filtrada pela atmosfera do exoplaneta quando ele transita diante de sua estrela. Foi a primeira vez que moléculas orgânicas baseadas em carbono foram identificadas com essa clareza em um planeta localizado na zona habitável — região em que a temperatura permite a existência de água em estado líquido.


Cautela científica


Embora os resultados sejam animadores, especialistas de fora da pesquisa pedem moderação nas interpretações. O físico planetário Raymond Pierrehumbert, da Universidade de Oxford, considera que o planeta pode ser quente demais para abrigar vida como conhecemos, sugerindo que a superfície de K2-18b poderia ser formada por oceanos de lava.


A astrônoma Sara Seager, do MIT, também lembrou de episódios anteriores em que sinais atribuídos a vapor d’água na atmosfera do mesmo planeta acabaram sendo reclassificados como outro gás.


Madhusudhan, por sua vez, reconhece a necessidade de novas observações e estima que seriam suficientes mais 16 a 24 horas de captação pelo Webb para comprovar as descobertas. Isso pode ocorrer nos próximos anos, com a agenda de missões já planejadas.


Um passo mais perto de responder à pergunta fundamental


Com massa oito vezes maior e diâmetro cerca de 2,5 vezes superior ao da Terra, K2-18b orbita sua estrela a cada 33 dias. Apesar das controvérsias, o planeta permanece entre os candidatos mais relevantes na busca por vida extraterrestre.


“Estamos possivelmente à beira de responder uma das questões mais antigas da humanidade: estamos sozinhos no universo?”, refletiu Madhusudhan. “Este pode ser o momento de virada em que deixamos de especular para, enfim, observar sinais concretos de vida além da Terra.”

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