Ministério da Saúde alerta para aumento de mortes por afogamento e reforça medidas de prevenção
- Magaiver Dias
- 3 de mar.
- 2 min de leitura
Com a chegada do feriado de Carnaval, destinos como praias, cachoeiras e clubes aquáticos se tornam opções de lazer populares entre os brasileiros. No entanto, é preciso redobrar a atenção: dados do Ministério da Saúde revelam que, entre 2010 e 2023, o país registrou 71.663 óbitos por afogamento. O grupo mais vulnerável a esse tipo de acidente é composto por crianças e adolescentes. No período analisado, 12.662 ocorrências (17,7%) envolveram jovens de 10 a 19 anos, enquanto 5.878 (8,2%) vitimaram crianças de 1 a 4 anos.
No que se refere às internações, entre 2010 e 2023, foram contabilizados 11.197 casos relacionados a afogamentos. Quase 30% das ocorrências — um total de 3.072 — envolveram crianças e adolescentes de até 14 anos. Destas, mais da metade (51%) aconteceu com crianças entre 1 e 4 anos, evidenciando a necessidade de medidas preventivas para proteger essa faixa etária.

Segundo a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, uma análise dos dados entre 2014 e 2021 indicou um crescimento médio de 2% ao ano nas taxas de mortalidade por afogamento acidental em crianças de 1 a 4 anos.
“A maior parte dos afogamentos ocorre em praias e cachoeiras, mas também há registros frequentes dentro de casa, em piscinas, banheiras e até baldes. As crianças pequenas são as mais suscetíveis e podem se afogar mesmo em recipientes com pouca quantidade de líquido”, explica a secretária.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que, em 2021, foram registradas 300 mil mortes por afogamento no mundo. Deste total, 24% das vítimas eram crianças menores de 5 anos e 19% tinham entre 5 e 14 anos.
Prevenção
Os óbitos por afogamento podem ser evitados com medidas de segurança. O Ministério da Saúde recomenda:
Garantir a supervisão constante de crianças por adultos enquanto estiverem na água ou próximas a ela;
Evitar deixar brinquedos ou objetos atrativos perto de piscinas e reservatórios;
Instalar barreiras de proteção em piscinas, poços e outros reservatórios de água;
Desencorajar brincadeiras perigosas na água, como empurrões e saltos arriscados;
Observar e respeitar placas de sinalização em praias, rios e lagos sobre riscos de afogamento;
Evitar nadar em áreas profundas, desconhecidas ou afastadas da margem;
Não entrar na água em condições climáticas adversas, como tempestades, ventos fortes e mar agitado.
Em casos de emergência, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) deve ser acionado pelo número 192 para garantir assistência especializada.
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