Cachoeira intensifica combate ao Aedes aegypti após primeiro caso de dengue em 2025

O Departamento de Vigilâncias em Sanitária (DVS) deu início ao 1º ciclo do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) de 2025. A mobilização coincide com o registro do primeiro caso de dengue do ano em Cachoeira do Sul, divulgado no último boletim epidemiológico da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), na última terça-feira, 21/01.

O LIRAa, realizado com metodologia preconizada pelo Ministério da Saúde, envolve agentes de combate às endemias que inspecionam imóveis em quarteirões sorteados, cobrindo 20% das propriedades em cada área delimitada. A meta é levantar dados sobre a presença de vetores e as condições ambientais que favorecem sua proliferação, possibilitando um planejamento estratégico eficaz das ações de controle e identificação de áreas com maior risco entomológico.

Durante o levantamento, amostras de larvas são coletadas e enviadas ao laboratório, onde são analisadas para identificar focos positivos. Esses dados serão utilizados para orientar medidas de controle vetorial, educação sanitária e intervenções ambientais.

Esforços para conter o avanço da dengue

O combate ao Aedes aegypti em Cachoeira do Sul se intensifica após um ano desafiador: em 2024, o município registrou 1.241 casos confirmados de dengue e um óbito, embora não tenha havido confirmações de chikungunya. A bióloga da SMS, Rosinele Perez, reforça a importância da mobilização coletiva. “Eliminar os criadouros é essencial para interromper o ciclo de vida do mosquito e reduzir os riscos à saúde da comunidade”, destacou.

Água parada é o principal ambiente para reprodução do vetor. O mosquito põe ovos que eclodem em larvas e se transformam em adultos. Qualquer recipiente com água acumulada – como pratos de vasos, caixas d’água destampadas ou recipientes descartados – pode se tornar um criadouro.

Além das ações dos agentes de saúde, o DVS busca conscientizar os moradores sobre a necessidade de adotar práticas simples, como a limpeza regular de quintais, descarte de objetos inservíveis e manutenção de reservatórios fechados.

Próximos passos

O levantamento segue até o dia 28 de janeiro e terá papel fundamental na definição de prioridades para 2025. “Os resultados não apenas orientarão as ações do setor público, mas também reforçarão a responsabilidade compartilhada entre poder público, empresas e cidadãos”, concluiu Rosinele.

O engajamento da população é apontado como determinante no controle da dengue. Autoridades locais destacam que eliminar potenciais criadouros é um compromisso diário que pode salvar vidas e evitar o avanço de surtos epidêmicos.