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Assédio no carnaval: como identificar, se proteger e denunciar

  • Foto do escritor: Magaiver Dias
    Magaiver Dias
  • 27 de fev.
  • 2 min de leitura

O Carnaval é sinônimo de festa e liberdade, mas também pode se tornar um cenário de vulnerabilidade para muitas mulheres. O aumento dos casos de assédio durante a folia revela um problema social enraizado: a normalização da objetificação do corpo feminino. De acordo com a terapeuta e advogada Mayra Cardozo, especialista em violência psicológica contra a mulher, essa realidade está diretamente ligada à cultura do estupro, que minimiza e até legitima comportamentos invasivos.


"O Carnaval celebra a expressão e o corpo, mas, dentro de uma sociedade patriarcal, essa liberdade é frequentemente distorcida para justificar atitudes desrespeitosas", explica Mayra.

Quando a paquera vira assédio?


A fronteira entre um flerte respeitoso e uma abordagem invasiva ainda gera dúvidas para muitas pessoas. Segundo a especialista, a reciprocidade é o ponto-chave para essa distinção.


"O interesse deve ser mútuo. Se uma mulher demonstra desconforto, recusa investidas ou é tocada sem consentimento, isso deixa de ser paquera e passa a ser assédio", alerta.

No Carnaval, os casos mais comuns incluem beijos forçados, puxões, apalpamentos sem permissão e abordagens agressivas. Além disso, um dos tipos de importunação mais frequentes em eventos lotados é o contato físico indesejado em meio à multidão, prática que configura crime e pode ser denunciada.


Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Como agir em casos de assédio?


Mayra destaca que a culpa pelo assédio nunca deve recair sobre a vítima, mas que algumas estratégias podem ajudar a lidar com a situação.


"Se houver segurança para isso, a vítima pode se posicionar verbalmente e buscar apoio de amigas ou da equipe de segurança do evento. No entanto, o medo e o choque podem impedir uma reação imediata, e a mulher jamais deve se culpar por isso", enfatiza.

Nos últimos anos, diversas iniciativas têm sido implementadas para combater a violência no Carnaval, como delegacias móveis, campanhas educativas e reforço na fiscalização. Para denúncias e orientações, o Disque 180 é um canal nacional de atendimento às vítimas. Casos de importunação sexual podem ser comunicados à Polícia Militar pelo 190, e as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs) oferecem suporte jurídico e psicológico.


A mensagem é clara: respeito não tem folga no Carnaval.


Reportagem: Juliane Mergener |Correio do Povo

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