O jogo mais importante da história do GE São José
Era um domingo, 20 de fevereiro de 2005, o Estádio Joaquim Vidal se encontrava lotado desde ás 15h, mas a partida só começava às 16h. O Zequinha encarava naquela calorosa tarde, o Grêmio FBPA de Anderson, Tcheco, Somália e companhia, treinado pelo multicampeão Hugo de León, em partida válida pelo Gauchão - Série A, daquele ano.
Alguns minutos antes de começar a partida é nítido o nervosismo e a apreensão nos apaixonados torcedores do Zequinha. "Estava tremendo até os cinco primeiros minutos, era uma grande partida para o Zeca, até então um dos maiores momentos na história do clube", destacou Fernando Dutra, 66 anos, torcedor apaixonado pelo São José.
Em um penalti polêmico sofrido por Anderson, o centroavante Somália bateu forte no canto abrindo o placar para o tricolor. Porém antes do final do primeiro tempo, o Zequinha empatou, com Josiel (aquele mesmo que foi artilheiro do Brasileirão de 2007 pelo Paraná Clube e depois se transferiu para o Flamengo) numa cabeçada certeira, fora do alcance do goleiro Eduardo.
"Nunca gritei tanto, lembro daquele lance como se fosse hoje, o cruzamento foi preciso, Josiel foi perfeito desviando a rede para o fundo do gol", contou Dutra.
Começa o segundo tempo, a equipe cachoeirense troca de camisa, vem com o uniforme azul, fato que chamou a atenção dos torcedores. "Tenho aquela camisa guardada até hoje em casa", revelou Dutra.
Eram passados dos 30 minutos, quando Marquinhos recebe um cruzamento perfeito e de pé direito marca um belo gol para o Zequinha, pulando a laca publicitária e indo comemorar com a torcida que estava atrás do gol da Ferradura.
"Nunca vi sumir tantas bolas em tão pouco tempo, porém era necessário, o Grêmio fazia muita pressão nos momentos finais. Aquela tarde a temperatura estava superior aos 30 graus, era nítido o desgaste da equipe", conta Dutra.
Eram passados 49 minutos do segundo tempo, o juiz apita, final de jogo, o Grêmio Esportivo São José de Cachoeira do Sul, conquistava a maior vitória de toda a sua história. "A minha felicidade era imensa, meu pai era vivo na época, chorava ao meu lado nas arquibancadas, foi um dos momentos mais marcantes que já assisti no futebol", relembra Dutra.
Atualmente o Zequinha está fora do futebol profissional desde 2008, quando fechou as portas após não conquistar a classificação para a segunda fase do Gauchão - Série B.
Foto: Divulgação